sábado, 30 de outubro de 2010

Meu nome não é johnny!!!

Muita gente já imagina desde criança os nomes que darão aos filhos. Quando brincavam com seu boneces e todos têm um nome, por mais ridículo que fosse. Meus bonecos do GI Joe não tinham nome, eu os chamava pela suas funções... Atirador, matador, corta cabeça, explode casa e etc. Se eu continuasse brincando de GI JOE não estaria passando por essa dúvida, porém fico feliz em ter parado. Praticamente “um dia desses” eu andava de patins na Roller Point e dançava The Summer is Magic na Pavan, hoje me vejo na obrigação de dar um nome decente para o meu filho, já que não quero que ela seja motivo de gozação na escola. Fui motivo de piadas por muito tempo por me chamar Victor KUNIZO ( Meu segundo nome é uma homenagem ao meu avô paterno, Lauro Kunizo Kato ). Se eu fosse homenagear meu filho com o nome de qualquer um do seus avôs, ele não teria uma infância fácil, pois o meu pai se chama Osvaldo Ryohei e o da Leila José Cauby... Dessa ele escapou!
Gostaria muito que ele se chamasse Victor, porque é um nome lindo, forte, elegante e imponente. O problema é que ele seria chamado de Junior ou Victinho, e eu quero que o chamem pelo nome e não por um apelido. A Leila tem o mesmo direito que eu de escolher o nome, afinal ela é a mãe e não uma barriga de aluguel. É claro que ela não deixaria que o nosso filho se chamasse Victor ou João Victor, nome composto só presta mesmo em novela mexicana. Tenho sorte de tê-la por perto, pois ela tenta não deixar que minha imaginação fértil atinja o nosso filho psicologicamente no futuro.
Vários nomes passaram pela minha cabeça, brinquei em juntar o nome do pai com o da mãe, Leictor. Houve uma pressão via facebook para que ele se chamasse Lucas, mas não ficaria sonoro: Lucas Kato, cas-Kato... Eu e a Leila pensamos muito e então decidimos, ele vai se chamar João Monteiro Kato. A não ser que o primeiro nome escolhido fosse estranho e/ou diferente como “Kunizo”, eu sei que ele será chamado de “Kato”, pois todos na família Kato acabam sendo chamados de Kato, até a mulheres. Por enquanto ele ainda é, ou já é, o nosso João.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Papai e Mamãe

Os livros, os sites especializados e muitas pessoas sempre tratam o sexo durante a gravidez como um tabu. Então eu resolvi contar a minha versão. Já que meu bacuri está quase para nascer, tenho como falar de tudo, do início ao fim.
Todos sabem que durante a gravidez a mulher tem desejos, algumas até possuem desejos estranhos... É assim que funciona com o sexo. Não que elas fiquem com desejos sexuais estranhos, como transar com o parceiro vestido de tiririca ou que elas queiram que ele se fantasie de Didi mocó, com as ombreias e tudo mais, mas a libido delas aumenta consideravelmente. Para o homem isso é maravilhoso, sexo sem lei por horas. É mais fácil o cara pedir pinico, ser taxado de brocha do que a mulher ficar sem apetite sexual, é muito sexo para uma pessoa só - caro leitor, minha intenção não é que você crie fetiche por mulheres grávidas.
Parece que a libido aumenta de acordo com a barriga. Acontece que quanto maior a barriga, mais limitadas ficam as posições sexuais. Como fazer o famoso papai e mamãe com o seu filho no meio? Você vai acabar esmagando o coitado que nem pode se defender, mas para tudo tem um jeito, basta usar a imaginação. Assim surgiu uma dúvida: por que essa posição é chamada de "papai e mamãe" se o papai e a mamãe não podem realizá-la? Pense nisso.
O bebê continua crescendo e começa a mexer dentro da mãe, aí que vem a dificuldade... É bem complicado estar transando e no meio da relação sentir um chute ou algo parecido na mão ou em outro lugar, a primeira coisa que se pensa é: “estou cutucando o coitado, vou machucá-lo, melhor parar”. – Os médicos garantem: sexo durante a gravidez não agride o bebê -. Por mais que se saiba que, na pior das hipóteses, ele só está esmagando os órgãos da mãe e ainda assim curtindo a vida que todos querem ter, não dá para parar de pensar no chute e se ele está sentindo alguma coisa ou até mesmo pensando: “não machuca a minha mãe, vou sair agora só para te sacanear”. Sim, pois acho que pode ocorrer de no meio do rala e rola a bolsa romper... Isso já deve ter acontecido, de alguns machões se acharem o todo poderoso acreditando que a mulher estava tendo um orgasmo ao sentirem o líquido da placenta e as contrações. Já pensou?!
A melhor coisa, na minha opinião, é ficar virgem por um tempo, usar o banheiro como um templo, ou descobrir a hora que o bebê está dormindo e aproveitar. Não sinta vergonha se o seu “amigo” resolver dormir também, acontece. Apesar de tudo isso, a paternidade é algo muito bom. Por mais que não estejamos preparados, com o tempo nos adaptamos às mudanças e nos rendemos a novas posições sexuais que não se encontram nem no Kama Sutra.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

MEDOS

Logo quando recebi a notícia da gravidez eu fiquei morrendo de medo. Não é fácil receber uma notícia dessa, muito menos quando não é planejado, mas está longe de ser um erro. Não parava de pensar no futuro, nas coisas que deixaria de fazer e como iria sustentar a criança. Porém algumas horas depois eu estava celebrando com os amigos e os amigos dos meus amigos falavam: “como um menino tão novo pode celebrar a paternidade, tem tanto pra viver”.
O tempo vai passando e os medos vão mudando. Já passei pelo medo da responsabilidade, medo que tenha algo de errado com o bebê e o dele não ir com minha cara. Mas os medos não ficam só com o bebê, fico com medo que algo de ruim aconteça com a Leila, as abdicações que ela tem que fazer, sua limitações e sua saúde, afinal é uma enorme mudança e ela fica transbordando hormônios.
Agora que o João já está para nascer e joga futebol com os órgãos da Leila, os medos mudaram novamente. Hoje me pergunto se meu filho vai ser pagodeiro, se vai deixar de lanchar pra comprar o LP do exaltasamba, chiclete com banana e afins ou um cd do Luan Santana ou Justin Biber. Pior será se ele for fã de restart, vai querer pintar todas as fraldas com cores vibrantes e usá-las apertadinhas. Outra coisa que me assusta são os emos, já pensou ele falando: “mãaaaaaaaaaaaaaaae, me empresta tua chapinha” (ele terá cabelos lindamente cacheados como o meu e espero que ele tenha orgulho dos cachos assim como eu ) ou “ mãe, comecei a usar lápis de olho ontem, tá bom assim ou tá borrado?”
Quando paro para pensar chego à conclusão que caso ele goste de sertanejo ou de pagode será uma benção perto de restart, fresno, nxzero, justin biba e afins. Independentemente das suas escolhas ele vai ser muito amado pelo papai Kato e pela mamãe Leila. Hoje eu sei que terei que abdicar de algumas coisas, mas sei que ganharei muito mais, me considero um sortudo.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Beber engorda, bebê também.

Quando soube que a Leila estava grávida eu morava com minha prima. Ela é ginecologista e tive algumas conversas a respeito da paternidade, uma das coisas que ela me disse foi que eu deveria me preocupar com o peso que a Leila iria ganhar durante a gravidez. Segundo ela 12 kg são normais, porém mais que isso já é considerado obesidade. Hoje sei que não é bem assim, o ideal é engordar apenas 12 kg, mas se a mulher engordar mais que isso não quer dizer que ela está obesa, varia de corpo pra corpo, algumas mulheres necessitam ganhar mais que isso para suportar o peso do bebê. Outra dica que ela me deu foi para nunca discutir com a Leila, ela pode até estar errada, mas tem um motivo pra isso. Hormônios, o peso do bebê e as abdicações que a mulher tem que fazer durante a gravidez influenciam e muito o seu psicológico.
Mensalmente vamos a ginecologista para saber se está tudo bem com a Leila e o pequeno João. Nunca tivemos notícias desagradáveis por parte da doutora, pelo contrário. A Leila sempre saudável e o João transbordando saúde, sem contar que o peso dela está ideal.
Sempre controlamos a alimentação, evitamos comer besteira e paramos de tomar refrigerante ( as vezes eu não consigo ficar sem uma coca-cola gelada). A Leila prefere comer um prato de salada que uma peça de picanha. Em contrapartida ela acorda 2 horas da manhã pra cozinhar arroz doce, pudim, panqueca e etc. Tudo que ela faz é uma delícia, até um simples picadinho com suco de limão, logo eu não agüento ficar apenas olhando, tenho que comer. Também seria muita sacanagem da minha parte não fazer companhia, comer sozinho é muito triste, sem contar que muitas vezes eu comia pra ela não comer muito. Sério, vocês têm que provar as sobremesas que a Leila faz pra não ficarem falando que isso é coisa de homem apaixonado.
Um belo dia fomos à farmácia e resolvemos nos pesar, vi que tinha engordado mais que ela, sim isso é possível, o genitor engordando mais que a genitora. Sorte que eu pesava 69 kg desde a época do convênio, terceiro colegial, e quando me pesei apareceu 77 kg na balança. Não entendia o porquê, afinal sempre comi muito e nunca tinha ganhado tanto peso, porém não costumava comer de madrugada e dormir tanto, sem contar que antes eu praticava remo.
Fico feliz de ter ganhado esses 8 kg, não quero que quando o meu filho me veja, ou tente ver, ele pense que o pai dele é um esqueleto ou fique chorando em casa perguntando onde está o papai, sendo que estou na frente dele. Já pensou ele não querendo comer e falando pra Leila: “ o papai não come, é todo seco e tu não brigas com ele. Não vou comer, quero ser magro, bonito e legal que nem o papai”.
Enquanto eu engordo e fico com uma barriga do tamanho da Leila, ela só ganha o peso necessário ( o peso do bebê e o leite ). Certeza que o Joãozinho vai ter ciúme da mãe bonitona e uma provável vergonha do pai ridículo com um buchinho saliente que fica sentando no sofá assistindo os jogos do Arsenal, mas isso são coisas da vida. De qualquer forma ele vai ser muito amado e paparicado, mas que ele não peça pra assistir Baby Einstein na hora do jogo.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

É menino

Depois de passar alguns meses me sentindo um revendedor de produtos da Herbalife, afinal as pessoas me olhavam e perguntavam “como?”, fui à ginecologista com minha mulher, pois queria saber o sexo do bebê. A doutora era sua prima, o consultório estava lotado e seriamos os últimos a serem atendidos. Li todos os jornais e revistas do consultório. Estava tão nervoso que eu lia de tudo. O tempo passava e o nervosismo aumentava - não me lembro de ter ficado assim em outro momento da minha vida.
Quando a secretária chamou o nome da Leila meu coração só faltou sair pela boca, estava em uma ansiedade enorme. Não sei se eu estava querendo muito um menino, só sei que quando a obstetra perguntou meu palpite eu disse que era menino e que podia ver o pinto, falei isso apontando pra TV, a doutora me corrigiu dizendo que aquilo não podia ser o pinto, já que ela estava na cabeça do bebê... Porém eu havia acertado. A consulta não tinha terminado e ela continuou medindo os órgãos, procedimento normal desse tipo de exame e pra minha surpresa a médica fala no fim da consulta que o nosso bebê estava excitado soltando um “Meu Deus, é enorme!”, e dando uma risadinha sem jeito e sem vergonha... E a gente tentando ver o que ela dizia estar vendo – às vezes é preciso muita imaginação pra enxergar tantos detalhes em um ultrassom.
Depois de ficar sabendo que seria pai de um torcedor e não uma torcedora do Arsenal foi que eu comecei a ficar preocupado com a criação do menino e me fiz várias perguntas: Será que ele vai ter vergonha de mim? Será que quando ele tiver com os amigos/namorada ele vai fingir que eu não existo? E se ele fizer uma pergunta e eu não souber a resposta?
Pensei que nada iria me deixar mais emocionado do que quando eu ouvi o seu coração pela primeira vez, mas a cada dia eu vejo que estava errado.